quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Onde tudo começou!

                         Cultura da Jamaica 



cultura jamaicana é caracterizada pelo sincretismo resultante da mistura dos vários povos que habitam a ilha desde os primórdios de sua descoberta pelos espanhóis, no século XVII. Aos nativos aruaques (aruwak) juntaram-se os latinos espanhóis, os negros africanos, os ingleses, que dominaram a ilha posteriormente além imigrantes que para lá se transferiram após a extinção do regime escravista. Destes, os imigrantes hindus são os mais notáveis pela influência que exerceram sobre vários aspectos do comportamento local, em especial, no âmbito da religião. Isto porque as coisas que dizem respeito à religiosidade despertam profundo interesse naquela comunidade, essencialmente mística apesar de oficialmente ser majoritariamente anglicana. O anglicanismo da ilha não pôde evitar a miscigenação das idéias e a teologia do jamaicano médio abriga tradições variadas que vão do cristianismo aos rituais tradicionais africanos, como o Vodoo, por exemplo.
Religião e música são os elementos culturais mais emblemáticos da Jamaica. O país é berço do Rastafarianismo e da Reggae-music, duas expressões de subjetividade identitária que são intimamente ligadas. A religião rastafari representa uma reação original local contra os padrões de espiritualidade impostos pela religião européia. A população negra jamaicana é descendente de levas de escravos que foram aprisionados em diferentes regiões da África, mas sobretudo, a maioria pertencia a culturas refinadas do norte do continente que floresceram em países como Sudão, Somália e Etiópia. Nestas regiões, as populações negras do século XVII, há muitas gerações tinham contato com crenças variadas. As mais importantes eram: judaísmo, islamismo e cristianismo ortodoxo. Estes povos negros falavam línguas "exóticas" como o árabe e o aramaico, além das africana ioruba e kwa, entre outras.
Estas diferentes linhas de pensamento aparecem nas Congregações rastafari que se inclinam mais ou menos para o Cristianismo Ortodoxo, adotam mandamentos do Antigo Testamento (judaico) e costumes evidentemente islâmicos e também hindus. Os dread ou tranças-mechas dos rastafaris são idênticos aos cabelos dos saddhus da Índia bem como a idéia do uso da marijuana com finalidades rituais. Algumas congregações prescrevem conduta e indumentária femininas de inspiração muçulmana e as "liturgias" ou encontros místicos, incluem performances com tambores que resgatam ritmos africanos. O uso dos tambores em ofícios religiosos chegou a ser adotado por Igrejas Cristãs Jamaicanas de orientação Ortodoxa. Essa percussão está na raiz da c
riação do gênero de música denominado reggae-raiz, que combina a cadência hipnótica dos tambores com harmonias simples e arranjos que utilizam guitarras e outros instrumentos com sonoridades do blues e do rock norte americano. Além da música e da religião, a cena cultural da Jamaica se completa com a coexistência harmônica de produtos industriais com artesanais. Roupas e acessórios coloridos e objetos de arte em madeira são combinados com o plástico e o alumínio da pós-modernidade.

                         Biografia - Bunny Wailer



Bunny Wailer, também conhecido como Bunny Livingston, foi um integrante da formação original do grupo de reggae Bob Marley & the Wailers, juntamente com Bob Marley e Peter Tosh. Cantor, compositor e percussionista, foi batizado de Neville O'Riley Livingston em 10 de abril de 1947 na Jamaica. 
Bunny viajou em turnê com os Wailers pela Inglaterra e Estados Unidos, mas logo tornou-se relutante em deixar novamente a Jamaica. Ele e Tosh foram marginalizados no grupo quando os Wailers começaram a fazer sucesso internacional, com todas as atenções focadas em Marley. Wailer e Tosh subsquentemente deixaram a banda para seguirem carreira solo. Eles foram substituídos pelas "I Thress", uma estratégia com vistas a ampliar o sucesso dos Wailers no mercado não-jamaicano. 
Depois de deixar o grupo, Bunny fixou-se mais em seus princípios espirituais. Assim como os outros Wailers, ele era um Rasta declarado. Ele produziu alguns de seus álbuns, além de compor e regravar a maioria do material do catálogo dos Wailers. Ele obteve sucesso gravando músicas apolíticas, mais pop e dançantes. Bunny sobreviveu a seus contemporâneos quando a morte violenta era um lugar comum. 
Wailer ganhou três Grammys de "Melhor Álbum de Reggae": em 1990, 1994 e 1996. 


Discografia solo 
  • Blackheart Man
  • Dubd'sco
  • Hall of Fame: A Tribute to Bob Marley
  • Sings the Wailers
  • Communication
  • Crucial Roots Classics
  • Retrospective
  • Dance Massive
  • Roots Radics Rockers Reggae
  • Time Will Tell: A Tribute to Bob Marley
  • Rule Dance Hall
  • Just be Nice
  • Liberation
  • Gumption
  • Protest
  • Marketplace

sábado, 14 de dezembro de 2013

Conheça um pouco da História de Gregory

                        Gregory Isaacs                                 



Anthony Gregory Isaacs, mais conhecido como Gregory Isaacs (Kingston, 15 de julho de 1951 — Londres, 25 de outubro de 2010) foi um músico de reggae jamaicano, considerado uma das vozes mais sofisticadas do gênero. 
Suas músicas se tornaram grandes clássicos do reggae romântico e em uma lista com mais de 500 discos gravados, destacam-se alguns dos mais conhecidos álbuns da história da música jamaicana, entre eles: Mr. Isaacs de 1977, Slum in Dub de 1978, Soon Forward de 1979, Night Nurse, lançado em 1982. Em sua juventude, Gregory tornou-se veterano em concursos de talento que faziam grande sucesso na época na Jamaica. Em 1968, fez sua estréia grandando um dueto com Winston Sinclair, "Another Heartache", gravada pelo produtor Byron Lee. O single vendeu pouco e Gregory juntou-se a dois outros cantores (Penroe e Bramwell) formando o trio The Concords que teve curta duração, gravando para Rupie Edwards e Prince Buster. O trio se separou em 1970 e Gregory lança então sua carreira solo, a princípio produzindo sozinho seus discos e também gravando para Rupie Edwards. Em 1973 juntou-se a outro jovem cantor, Errol Dunkley para começarem juntos o selo African Museum e junto uma loja. Rapidamente estourou com o hit "My Only Lover", creditado como o primeiro gravação lovers rock já feita. Ele gravou para outros produtores a fim de manter o seu próprio selo, criando uma série de sucessos nos três anos que se seguiram, incluindo desde baladas até reggae roots. Entre os sucessos estão: "All I Have Is Love", "Lonely Soldier", "Black a Kill Black", "Extra Classic" e sua versão cover de Dobby Dobson "Loving Pauper". Em 1974 começa a trabalhar com o produtor Alvin Ranglin, e neste ano conquista o primeiro single no topo das paradas jamaicanas com "Love Is Overdue". Isaacs gravou para os maiores produtores jamaicanos durante toda a década de 70, incluindo Winston "Niney" Holness, Gussie Clarke ("My Time"), Lloyd Campbell ("Slavemaster"), Glen Brown ("One One Cocoa Fill Basket"), Harry Mudie, Roy Cousins, Sidney Crooks e Lee "Scratch" Perry ("Mr. Cop"). No fim dos anos 70, Gregory já se consolidava como um dos maiores cantores de reggae do mundo, viajando regularmente para os EUA e Inglaterra, e seu sucesso era comparável apenas ao de Dennis Brown e Bob Marley. Em 25 de outubro de 2010, após uma longa luta contra um câncer no pulmão, Isaacs morre em sua casa em Londres